A hiperidrose axilar focal é um distúrbio freqüente, que acomete principalmente adultos jovens e interfere na vida diária em diversas situações.
Embora a hiperidrose seja definida como suor excessivo produzido pelas glândulas écrinas, estudos recentes mostraram que na forma axilar um novo tipo de estrutura seria responsável pelo fenômeno. Descrita por Sato e col., foi denominada a glândula apoécrina, por apresentar características morfológicas dos tipos écrino e apócrino.
Não é encontrada em crianças, desenvolvendo-se durante a puberdade, quando pode corresponder a um percentual de 10% a 45% das glândulas axilares. A glândula apoécrina responde a substâncias adrenérgicas e colinérgicas e sua secreção é similar à da glândula écrina.
A forma axilar engloba de 30% a 40% dos casos de hiperidroses primárias focais. Estudo recente avaliando a prevalência da hiperidrose entre americanos, estima que possa acometer 7,8 milhões de indivíduos (2,8% da população). Destes em 50,8%, a região afetada é a axilar isolada ou associada a outras áreas, enquanto 9,5% tem somente acometimento axilar. O distúrbio ocorre igualmente em homens e mulheres e tem inicio na adolescência, sendo mais freqüente dos 25 aos 67 anos.
O diagnósticos em geral é clinico, baseado em dados da história e do exame físico. O teste iodoamido é útil para delimitar a área de sudorese, enquanto que a gravimetria é o mais utilizado para mensurar a quantidade.